Comunicação Interna empática é caminho para satisfação dos colaboradores

A pandemia do novo coronavírus surpreendeu a todos e muitas pessoas viram suas rotinas de trabalho sendo alteradas drasticamente durante esse período. Nesse contexto, equipes de comunicação interna e de recursos humanos foram essenciais em dar assistência aos colaboradores e permitir que suas necessidades fossem atendidas.

“Olhar para o colaborador, promovendo que ele trabalhasse em segurança e sendo acolhido, além de ter uma comunicação que cruzasse todas as plataformas para trabalhar de maneira assertiva foi um fator de sucesso para nós”, destaca Roberta Catani, Head de Comunicação e Public Affairs da Johnson & Johnson, durante o Fórum Empresas que Melhor se Comunicam com Colaboradores.

Ela participou do painel “Diálogo pelo bem-estar”, junto com Douglas Almeida, Diretor de Recursos Humanos da GE Healthcare e Juliana Annunciato, Gerente de Endomarketing, Comunicação e Employer Branding da Dasa.

Para Juliana Annunciato, os cargos de liderança estarem capacitados e em condições de exercer empatia com os colaboradores foi um dos principais vetores de sucesso para manter o funcionamento da empresa durante o período de pandemia. Para ela, a comunicação interna foi essencial para os gestores estivessem sempre em contato e incentivando os funcionários. Os participantes reforçaram a necessidade de entender a situação individual de cada colaborador e saber que todos enfrentavam o mesmo problema, mas cada um com necessidades próprias.

“O nosso dia a dia está muito perto da saúde em modo geral, estamos dentro de hospitais, clínicas, laboratórios. E do nada essa pandemia apareceu de uma forma avassaladora, se tornando uma crise mundial sem precedentes. E mesmo em empresas como a nossa, que possuem uma estrutura, muita organização e planejamento, foi preciso parar e pensar ‘como vamos lidar com isso?’. Não existia uma receita de bolo, não tinha uma estratégia anterior para copiarmos e todas as decisões precisavam ser tomadas muito rapidamente”, relata Douglas Almeida.

Para o Diretor de Recursos Humanos, esse momento atípico foi desafiador, porque os colaboradores sempre buscam a empresa para conseguir respostas, mas essas respostas ainda não existiam. A criação de comitês multidisciplinares e temáticos foi a solução para que a GE Healthcare conseguisse ter uma resposta assertiva e rápida aos novos problemas que foram surgindo.

Cuidando de quem cuida

O apoio psicológico aos colaboradores foi uma das principais preocupações da Dasa durante o período. Segundo Annunciato, foram mais de 7 mil teleconsultas de psicólogos para dar apoio e suporte aos funcionários. “Graças a termos estruturado isso antes mesmo da pandemia, conseguimos reduzir o número de quadros de depressão dentro da empresa de 58% para 5% entre os participantes da telepsicologia”, relata.

Monitorar a situação dos colaboradores por meio de pesquisas de sentimento mensais foi uma das maneiras que a Johnson & Johnson encontrou para conseguir entender o que precisava ser feito para atender as necessidades reais das pessoas. Segundo Roberta Catani, as soluções precisam ser repensadas mês a mês para conseguir se adequar ao que os funcionários estão precisando naquele momento.

No início, a principal preocupação era com as ferramentas para continuar realizando o trabalho em casa, mas agora o foco é na saúde mental. “Precisamos ser rápidos, monitorar e entender o que está acontecendo no momento, respondendo esse feedback de uma maneira muito orgânica e ágil para conseguir e ajustar a nossa rota conforme o que as pessoas estão pedindo. Essa comunicação interna viva é essencial para conseguirmos exercer o trabalho interno”, destaca.

Aprendizados da pandemia

Para Roberta Catani, um dos principais aprendizados com a gestão desta crise foi a importância de pensar as estratégias de dentro para fora, envolvendo os colaboradores no diálogo de maneira sincera. Além disso, ela destaca a importância de continuar construindo os projetos criados durante este período, mantendo a consistência das propostas feitas durante o período de pandemia.

Juliana Annunciato acredita que é necessário que as ações não sejam só propostas de marketing para melhorar a imagem da empresa, mas que levem em consideração as necessidades dos funcionários e tenham impacto genuíno no bem-estar geral da organização.

Estimular a contribuição das pessoas que constroem a empresa para que as soluções não partam somente dos gestores é o que destaca Douglas Almeida. “A tecnologia pode ser nossa aliada, pois temos que encontrar maneiras criativas de engajar as pessoas e fazer com que se sintam parte do todo. Essa pode ser uma ótima oportunidade de aprendizado”, conclui.

 

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Fonte: www.portaldacomunicacao.com.br

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