A comunicação tem o papel importante em levar a conscientização sobre a diversidade para as pessoas. E dentro das empresas esta atuação tem sido de grande relevância social e de crescimentos econômicos.
Para falar de diversidade nas organizações, a Carolina Prado, head de Comunicação para Intel Brasil e Canadá com a Elisa Prado, diretora de Comunicação Corporativa da Vivo e Júlia Nejaime, gerente de Comunicação e Mobilização da SulAmérica mostram o cenário atual de diferentes empresas sobre a mesma temática.
“A comunicação é um pilar muito importante quando se olha para a estratégia de diversidade de uma empresa”, afirma Carolina Prado.
Para Elisa, é necessário mudar a cultura das empresas para haver maior inclusão e diversidade. “Eu acredito muito que a comunicação corporativa pode mudar a forma das pessoas pensarem. É fazer com que todo mundo passe a respeitar. É algo que está aí e só tem a evoluir”.
Ações para promover a diversidade
As corporações investem cada vez mais em ações pontuais para haver uma transformação na mudança do inconsciente do indivíduo. A Vivo, que conta com 33 mil colaboradores, tem diversos programas de diversidade, um deles é a “Jornada da Diversidade”, que leva a cada mês um tema para ser discutido. Um dos diferenciais da empresa é o contato com a área de pessoas.
“Nós chegamos a conclusão de que o mercado pede cada vez mais isso, por pessoas mais plurais, mais engajadas e resilientes, a gente precisa evoluir e trabalhar com essa abertura”, acrescenta Elisa.
A Vivo possui times que trabalham os pilares de gênero, LGBTQIA+, raça e pessoas com deficiência. “Todas essas informações dos times são passadas para os VPS e a comunicação que está junto faz a tradução para os colaboradores. Fazemos a comunicação de dentro e fora das iniciativas”, explica Elisa.
A SulAmérica em uma das suas pesquisas de engajamento na comunicação obteve 94% de favorabilidade, o que mostra a confiança que todos os colaboradores têm na comunicação interna.
“A comunicação interna é o agente de transformação cultural, independente da área em que a comunicação está”, afirma Júlia. Eles têm o programa de diversidade lançado no ano passado, mas conta com ações pontuais de inclusão.
Com a pandemia a SulAmérica começou a trabalhar linguagem mais próxima e inclusiva. “Tudo que a gente faz agente co-constroi, de forma conjunta sempre ouvindo os interesses o que faz sentido e valor para os colaboradores” acrescenta Júlia.
A Intel possui a área de diversidade e inclusão. “Nós fazemos pesquisas internas para entender o quanto as pessoas se sentem incluídas. Se você traz a diversidade e as pessoas não estão incluídas, acaba a diversidade indo embora”, ressalta Carolina.
O engajamento da Liderança
A Vivo fez treinamento com a liderança, servindo de exemplo na construção de narrativa com que o tema esteja presente de forma orgânica nas empresas. “Eu acredito que a liderança é o exemplo, se o presidente ou os diretores não tratam deste tema com fidedignidade passa essa percepção dentro da empresa”, enfatiza Elisa.
A presença dos líderes é uma das estratégias para a Intel. “Os nossos diretores vêm nos apoiando e isso faz toda a diferença. Ter metas e ações afirmativas dentro do programa de diversidade e inclusão ela realmente é o que torna efetivo”, diz Carolina. Por isso, fizeram treinamento chamado “Liderança inclusiva”, que hoje é oferecido para todos os funcionários do Brasil e do mundo.
Mulheres presentes
As empresas contam com metas voltadas para as diversidades, principalmente de gênero. A Vivo tem 28 colabores trans, 42% do quadro são mulheres, 31% são líderes mulher, 25% ocupam cargo de diretoria e 33% de nível gerencial. Uma das suas metas é chegar a 300 mulheres na área técnica.
Na Intel é que na próxima década 40% de mulheres nas áreas da tecnologia. “Hoje visamos trazer a mulher para a tecnologia. Quando olhamos para a formação do curso de TI, nós estamos falando de apenas 17% de mulheres se formando”, questiona Carolina. A empresa trabalha iniciativas que tem como objetivo de engajar e trazer mais mulheres para a área de tecnologia.
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Fonte: www.portaldacomunicacao.com.br